Como Frida Kahlo transformou a sua vida em arte e inspiração

Poucas representações de artistas consagrados são tão populares atualmente quanto a figura de Frida Kahlo.

O seu rosto e a variedade de cores das suas roupas estampam uma série de produtos e influencia o mundo da moda. A trajetória de Frida também já foi retratada em filmes, documentários, peças de teatro e já inspirou personagens de animações.

Além disso, a casa onde nasceu e viveu grande parte de sua vida, na Cidade do México, é hoje um dos museus mais importantes da América Latina.

Neste artigo, vamos apresentar a história dessa artista que deixou um legado no universo das artes e segue inspirando mulheres no mundo inteiro. Continue a leitura!

O início da trajetória de Frida Kahlo

Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, que ficou conhecida como Frida Kahlo, nasceu em 1907 no bairro Colonia del Carmen de Coyoacán, na Cidade do México.

A casa do nascimento é a Casa Azul, a mesma que anos depois transformou-se em um museu sobre a sua trajetória artística.

Frida tinha quatro irmãs e era a terceira filha de um judeu alemão e uma católica: Carl Wilhelm e Matilde Gonzalez y Calderón.

A sua obra “As duas Fridas”, na qual estão retratadas duas Fridas, buscou representar a mãe e o pai. Uma usa roupa branca e europeia, enquanto a outra está com vestimentas regionais.

As duas Fridas de 1939

As duas Fridas de 1939
Fonte: culturagenial.com

Quando tinha 6 anos, Frida contraiu poliomielite infantil, que causou o encurtamento de uma de suas pernas e uma lesão em seu pé direito.

Pouco tempo depois, aos 18 anos, Frida estava dentro de um ônibus que se chocou contra um trem. Esse acidente causou uma fratura da clavícula, espinha, pélvis e costelas. Como consequência desses graves ferimentos, ela passou por 35 cirurgias e precisou usar um colete ortopédico durante os anos seguintes.

Nos longos períodos em que esteve acamada, após ganhar um cavalete adaptado de seu pai, a artista passou a desenhar em seus próprios coletes ortopédicos e criou seus primeiros quadros.

Colete de gesso
Fonte: badulakit.files.wordpress.com

Por meio da sua expressão artística, Frida conseguia comunicar a sua força, sua vulnerabilidade e dor, que atravessavam tanto as suas relações quanto o seu corpo.

As cores escolhidas, as formas e representações, com sangue, lágrimas e fraturas, demonstravam a dimensão da sua coragem em mostrar aquilo que era mais íntimo e profundo através da arte.

Primeiro quadro – Autorretrato com vestido de veludo de 1926

Autorretrato com vestido de veludo de 1926
Fonte: artsandculture.google.com

Henry Ford Hospital de 1932

Henry Ford Hospital de 1932
Fonte: plutaoplanetaplutao.blogspot.com

O Instituto de Cultura de Tlaxcala reúne os primeiros esboços criados por Frida Kahlo, que podem ser acessados neste link do Google Arts & Culture.

A trajetória de militância de Frida Kahlo

Não foi somente a arte que estava entre as prioridades da vida de Frida.

A política também fazia parte da sua personalidade, a ponto de dizer que nasceu em 1910, ano em que eclodiu a Revolução Mexicana.

Quando tinha 21 anos, a jovem Frida entrou para o Partido Comunista Mexicano. Neste mesmo período, conheceu o artista plástico e muralista Diego Rivera, que era 21 anos mais velho.

Esse relacionamento foi marcado por inúmeras traições, idas e vindas.

A relação, inclusive, foi oficializada em dois casamentos, um em 1929 e outro em 1940.

Frida viveu outros relacionamentos amorosos em sua vida, com homens e também algumas mulheres.

Frida e Diego Rivera de 1931

Frida e Diego Rivera de 1931
Fonte: customprints.sfmoma.org

Exposições marcantes da carreira da artista

Foi somente em 1953 que Frida teve sua primeira e única exposição solo no México.

Naquele ano, a sua saúde já estava debilitada e mesmo com a orientação dos médicos de não comparecer, ela marcou presença na exposição chegando ao local em uma ambulância.

No ano seguinte à exposição, em 1954, a artista morreu por conta de uma embolia pulmonar, resultado de uma pneumonia, aos 47 anos.

Em todas as suas 200 obras de arte, Frida apresentava as raízes da arte popular mexicana.

A sua representação é crucial para artistas mulheres, para o feminismo e para as pessoas com deficiência.

Continue a leitura de outros artigos sobre artes e técnicas específicas no blog da Grafitti Artes.

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