Você já se perguntou como é possível ao observar uma obra de arte e perceber a quantidade de tonalidades que estão presentes? Ou ainda sobre as misturas que as cores primárias proporcionam?
Além das texturas, os tons criados variam e criam entre eles uma atmosfera única, que consegue transmitir emoções a partir da alternância de tonalidades.
Tudo isso só é possível graças à criatividade e personalidade do artista e também à mistura das cores primárias.
É importante compreender que na teoria das cores, existem duas formas de classificar as cores primárias: a síntese aditiva e a síntese subtrativa.
Na síntese aditiva, as cores primárias da luz são o vermelho, o verde e o azul. Elas formam essas cores que se somam para produzir a luz branca. Estas cores também são conhecidas como sistema RGB (de red, green e blue, em inglês).
Neste caso, as cores secundárias da luz são o amarelo, o magenta e o ciano. Elas formam as cores do sistema subtrativo, que se obtêm ao misturar as cores aditivas. As misturas são:
- Vermelho + verde = amarelo;
- Vermelho + azul = magenta;
- Verde + azul = ciano.
Elas são chamadas de subtrativas, porque a soma das cores aditivas resulta no preto, que é justamente a ausência de luz.
As cores do sistema subtrativo também são conhecidas como sistema CMYK (de cyan, magenta, yellow e black, em inglês), utilizado na indústria gráfica.
Contudo, neste conteúdo, vamos nos concentrar nas cores primárias, como vermelho, azul e amarelo, que são as mais utilizadas nas artes plásticas.
Neste conteúdo, você vai aprender como misturar as cores primárias e quais são os resultados obtidos.
As cores primárias e o seu descobrimento
As cores primárias também são conhecidas como cores verdadeiras, pois não são originadas pela mistura de outros tons, como já explicamos.
Nesse sentido, as cores primárias são as responsáveis por produzir novas cores e permitir uma série de possibilidades no universo da pintura.
Foi o físico e matemático Isaac Newton, no século XVIII, que, com uma série de experimentos, descobriu a existência das cores primárias com o uso de feixes de luz e prismas.
Newton demonstrou que a luz branca, que vem do sol, era composta por várias outras cores, que se separavam ao atravessar um prisma de vidro. Ele chamou esse fenômeno de dispersão da luz e observou que o espectro resultante era formado pelas cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. Essas são as cores que formam a luz do sol e o arco-íris.
Depois, o físico também criou um sistema chamado círculo cromático, que representa as cores do espectro visível e, neste momento, identificou as três cores primárias. Os seus experimentos foram revolucionários para a época e influenciaram diversas áreas do conhecimento, como a arte, o design, a psicologia e a ciência da visão.
Como misturar as cores primárias?
Antes de entrarmos nas dicas práticas de como misturar as cores, é necessário compreender o básico sobre os fundamentos de cor, que irão influenciar nesse processo de mistura.
O campo da teoria das cores é um conjunto de diretrizes utilizadas para definir que cores serão usadas em composições. Abaixo, explicamos alguns dos termos utilizados nesses estudos:
Matiz
Esse conceito diz respeito ao tom específico de uma cor, como o azul, por exemplo.
Cor primária
O vermelho, azul e amarelo são as únicas cores primárias. Todas as outras cores são criadas através da mistura de cores primárias em várias combinações. A mistura de quaisquer cores nunca vai criar uma cor primária.
Cor secundária
Essas cores são originadas com a mistura de cores primárias. Para chegar no laranja, por exemplo, mistura-se o vermelho e amarelo. Quando se acrescenta o vermelho com o azul, o resultado é o roxo, já a mistura de azul com o amarelo cria o verde.
As cores secundárias também podem ser combinadas entre si ou com as cores primárias para formar as cores terciárias, que são mais complexas e variadas. Por exemplo, o verde e o roxo formam o azul-turquesa, o laranja e o roxo formam o magenta, e o laranja e o verde formam o amarelo-esverdeado.
O uso das cores secundárias possui diferentes significados e sensações, dependendo do contexto e da cultura. Em geral, elas são associadas a aspectos como criatividade, energia, harmonia, mistério, equilíbrio e emoção. Elas também podem influenciar o humor, a percepção e o comportamento das pessoas.
Misturando cores com tinta acrílica
Se você é um artista que está começando a testar diferentes tintas, a tinta de acrílico é uma ótima opção para esse início. Isso acontece porque ela é uma tinta simples de ser manuseada e apresenta resultados surpreendentes.
Para misturar, acrescente pequenas pinceladas de cores primárias nas bordas externas da sua paleta. Assim, você poderá acrescentar as misturas até o meio da sua paleta.
Lembre-se que a tinta acrílica é à base de água e, por isso, ela demanda uma quantidade de água para ser trabalhada com maior fluidez.
Enquanto você mistura as tintas no meio da paleta, experimente mudar entre a tinta misturada e a água na extremidade do pincel. Essa etapa de acrescentar a água irá mudar a opacidade da tinta.
Nesse processo, as cores também irão parecer um pouco mais escurecidas ao secarem do que ao aparecerem no papel ou tela. Adicionar um pouco de tinta branca às cores pode ser uma boa para clareá-las antes da secagem.
Agora que você já aprendeu a parte conceitual, é só partir para a parte prática!
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