Pintar é uma atividade que exige concentração, habilidade, criatividade, inspiração e também ergonomia.
Esse último ponto, frequentemente negligenciado, está relacionado aos cuidados com a saúde e o conforto do artista, que passa longas horas na mesma posição e sob uma iluminação inadequada.
Nesse sentido, o conforto no momento das criações de obras de arte é extremamente importante, pois adapta o ambiente e os equipamentos de trabalho às características e às necessidades de cada artista.
Neste conteúdo, vamos apresentar os benefícios da ergonomia para a criação artística e dar algumas dicas de como aplicá-la. Continue a leitura!
O que é ergonomia
A definição de ergonomia é a de “a adequação da tecnologia, da arquitetura e do desenho industrial em benefício do trabalhador e suas condições ideais de trabalho”.
Quando a ergonomia é pautada, ergonomia é frequentemente direcionada a ambientes corporativos, promovendo melhores condições para evitar lesões e assegurar bem-estar e saúde no trabalho.
Contudo, apesar de ser associada com ambientes de empresas, a ergonomia também é um ponto importante para os artistas que dedicam muito tempo em suas criações.
Para aplicar a ergonomia na criação artística, é preciso considerar a postura, a iluminação do ambiente de trabalho e os equipamentos utilizados. A soma desses fatores influencia na qualidade, produtividade e bem-estar do artista e vamos falar especificamente sobre cada um deles.
A escolha da cadeira
A escolha da cadeira é um ponto importante para pensar sobre a ergonomia para pintar.
Pensando nisso, a cadeira escolhida precisa ter um suporte adequado para as costas, para proporcionar apoio, tanto para os braços e as pernas de forma adequada.
O ideal é que ela também possibilite trocar a altura caso necessário, bem como a inclinação e a distância em relação à mesa ou ao cavalete. Essa versatilidade na cadeira é interessante principalmente quando o artista está executando grandes quadros e precisa de diferentes alturas para criar.
A iluminação do ambiente
Tanto a falta quanto o excesso de luz em um ambiente afetam a percepção sobre as cores e, em alguns casos, pode até distorcer a cor que o artista está visualizando enquanto cria a sua obra.
A cor que enxergamos também depende da cor e da intensidade da luz que ilumina o objeto. A luz pode ser natural ou artificial e cada uma tem uma temperatura de cor diferente, que influencia na tonalidade das cores.
A luz natural, por exemplo, varia conforme o horário do dia e o clima e pode ser mais quente, ou seja, amarelada, ou mais fria, azulada.
Da mesma forma, a luz artificial das lâmpadas, que pode ser de vários tipos, como incandescente, fluorescente ou de LED, também influencia na percepção das cores.
Portanto, se a iluminação for inadequada, o artista pode ter dificuldade em perceber os contrastes, as sombras, os reflexos e os detalhes da sua obra. Além disso, a iluminação pode até mesmo influenciar na criatividade e na produtividade.
Diante disso, priorizar um local adequado para a pintura, que seja bem iluminado para os detalhes é o mais indicado.
Optar pela luz natural indireta, que seja suave e constante, ou uma luz artificial que simula a luz natural, como a luz branca ou neutra é uma boa dica.
Outra recomendação é usar um círculo cromático, que é uma ferramenta que mostra as relações entre as cores primárias, secundárias e terciárias, e que ajuda a escolher as cores mais adequadas para o quadro, de acordo com o efeito desejado.
Escolha do cavalete
O cavalete é outro equipamento fundamental para criações artísticas, permitindo ao artista pintar em plano paralelo.
Escolher o tipo de cavalete ideal passa também pelo material que se está trabalhando. Neste artigo, nós explicamos tudo o que você precisa saber sobre cavaletes de pintura.
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