Top 15 estilos de desenho e suas principais características

Quanto mais estilos de desenho você conhecer e experimentar, mais você será capaz de desenvolver e aperfeiçoar seu próprio estilo. Desenhar é uma das formas mais criativas que a humanidade encontrou para se expressar, uma atividade universal que aprendemos antes mesmo de falar e que pode desempenhar várias funções.

Essa versatilidade faz do desenho uma forma de arte muito variada, que permite aos desenhistas adaptarem suas técnicas de infinitas maneiras, conforme as suas particularidades. 

Desenho artístico e desenho técnico 

Antes de apresentarmos nosso top 15 com os principais estilos de desenho, vamos a uma breve explicação sobre as diferenças entre desenho artístico e desenho técnico:

  • Desenho artístico: oferece uma liberdade criativa maior ao desenhista, que pode expressar emoções e até manipular a realidade para expressar sua sensibilidade e atingir o observador.
  • Desenho técnico: exige mais precisão, exatidão e respeito às regras do desenhista. Seu objetivo é descrever e representar uma ideia para facilitar o trabalho dos profissionais envolvidos, principalmente nos ramos da arquitetura e engenharia. É realizado por pessoas com formação técnica, pois envolve o uso de códigos e procedimentos específicos de cada área.  

Top 15 estilos de desenho

Para te ajudar a testar novos traços e encontrar referências cada vez mais inspiradoras, listamos os estilos de desenho mais populares, suas principais características e algumas dicas de materiais para você se aventurar em novas técnicas!

1. Desenho de observação

Seu objetivo é reproduzir um modelo de forma idêntica a partir da sua observação direta. Para isso, é necessário colocar em prática técnicas de sombra e luz, proporção e perspectiva, por exemplo. 

Contudo, a dica mais importante é que você precisa focar unicamente na observação, sem julgar, sem raciocinar e registrando somente o que os seus olhos estão vendo. Quanto mais praticar e desenvolver seu senso de observação, mais fácil será colocar no papel as ideias que estão na sua cabeça!

Sugestões de material: lápis 2B, 4B e 6B, canetas nanquim ou ponta porosa preta: fina, média e grossa.

2. Desenho de memorização

Seu ponto de partida, como o próprio nome já diz, é a memória. É a representação gráfica baseada na forma dos elementos que já foram previamente visualizados. É preciso acessar seu repertório de lembranças e confiar apenas nele para desenhar! A qualidade dos detalhes vai depender muito do seu nível de observação e da sua bagagem cultural.

Sugestões de material: lápis 2B, 4B e 6B, canetas nanquim ou ponta porosa preta: fina, média e grossa.

3. Desenho realista 

Muito utilizado antes da popularização da máquina fotográfica, o desenho realista é um método à lápis que tenta produzir uma imagem nítida, o mais próxima da realidade possível, ou seja, que transmita a sensação de estarmos olhando para uma foto. Era a técnica usada pelos desenhistas de retratos de família, por exemplo. 

Sugestões de material: lápis, caneta borracha, esfuminho, pincel e boleador.

Clique aqui para conferir nosso artigo completo com dicas para aperfeiçoar seu desenho realista.

4. Desenho abstrato 

Dividido em duas vertentes, o abstracionismo geométrico e o informal, o desenho abstrato não está preocupado com as formas reais das coisas. Seu objetivo é transmitir emoções e sentimentos em seus traços e cores.

O abstracionismo informal, também chamado de lírico ou expressivo, não apresenta estilo uniforme e está inspirado no instinto, na presença dos elementos sentimentais como a intuição. Por outro lado, o abstracionismo geométrico, com grande influência do cubismo, busca expressar emoções com formas geométricas e as características mais duras de cada forma.

Sugestões de material: lápis, caneta borracha, esfuminho, canetas Stabilo e similares.

5. Desenho a mão livre 

É o desenho produzido sem nenhuma outra ferramenta além do lápis e papel. Seus traços não precisam ser perfeitos, pois servem para estimular a criatividade do desenhista, melhorando seu senso de direção. 

O desenho à mão livre é muito utilizado por arquitetos no processo de criação dos projetos mais inovadores e conceituais. Para treinar essa técnica, dedique um tempo para desenhar projetos em perspectiva e pratique desenho de observação.

Sugestões de material: lápis 2B, 4B e 6B, canetas nanquim ou ponta porosa preta: fina, média e grossa.

6. Mangá 

No Mangá, de origem japonesa, o contorno recebe muito mais atenção que os detalhes. Seus traços são limpos e finos, as cores são claras e flat (chapadas) e as sombras são bem marcadas para criar profundidade e volume. 

Os olhos são sempre grandes, enquanto o nariz e a pouco são pouco definidos. Os cabelos são divididos em mechas e bem arrepiados. Capriche na pose bem forçada, pois esse é o traço mais marcantes desse estilo de desenho!

Sugestões de material: lápis H, 2B, 4B e 6B

7. Caricatura 

Aqui a palavra-chave é exagerar! A caricatura evidencia as características físicas e comportamentais das pessoas, sempre de maneira bem humorada. Seus traços são usados conforme a necessidade do artista, às vezes mais fortes e outras bem finos. 

Em algumas circunstâncias, uma boa caricatura acentua gestos, vícios e hábitos do personagem em questão, mas lembre-se: exagero não é ridicularização! Desenhistas em eventos costumam produzir caricaturas em branco e preto, até por conta do tempo disponível, mas as versões coloridas são ainda mais realistas e divertidas. 

Sugestões de material: lápis preto 6B, lápis preto 2B, caneta Pilot Color 850, lápis pastel seco para colorir. 

8. HQ 

Além de criarem personagens incríveis, com formas e cores realistas, traços leves e claros, sombras e brilhos bem marcados, os artistas de HQ também usam vários recursos gráficos como diferentes formas de quadros, balões e letras para transportar os leitores para o universo de cada história. Pode apostar nas hachuras, aquelas linhas paralelas ou cruzadas, para dar mais dinâmica ao desenho.

Sugestões de material: lápis preto 6B, lápis preto 2B, caneta Pilot Color 850, lápis pastel seco para colorir. 

9. Chibi 

Esse é o estilo de desenho mais “cute cute” deste artigo! A orientação principal é misturar traços de adulto com uma boa dose de fofura infantil. As formas arredondadas, como o cabeção e os olhos gigantes são inspirados nas crianças, enquanto as poses e expressões faciais vêm dos adultos.

Qualquer semelhança com o estilo cartoon e a toy art não é coincidência! Também é muito comum perceber a pouca definição e até a  ausência do nariz e da boca dos personagens.

Sugestões de material: lapiseira, lápis de cor, caneta Fudenosuke.

10. Doodle Art

Sabe aquele desenho que você faz enquanto está ouvindo alguém no telefone? Aquele desenho é um doodle, que você também pode chamar de rabisco. Embora o doodle seja um tipo de desenho despretensioso, que pode ou não ter formas definidas, sua principal característica é o equilíbrio entre elementos abstratos e elementos concretos. 

Sendo assim, pode até ser um rabisco, mas é um rabisco organizado, com uma variação de traços e contrastes. Você pode fazer um doodle agora mesmo com caneta e papel, mas também vai encontrar umas versões colorizadas muito interessantes. Vale a pena buscar no Google e se surpreender com os resultados!

Sugestões de material: caneta Stabilo (0,4) para traços finos, caneta Pilot Color 850 para traços médios, caneta fude pen para traços grossos e preenchimento.

11. Cartoon

O cartoon tem uma pitadinha de acidez e costuma satirizar o comportamento das pessoas, principalmente em situações cotidianas. Suas cores são chapadas e seus traços são variáveis, pois transitam entre linhas internas mais finas e linhas externas mais grossas. É possível perceber também a presença marcante de formas geométricas, ângulos e curvas.

Sugestões de material: canetas marcadoras (estilo Copic) e lápis de cor comum.

12. Estilo Disney 

Com sombras esfumadas, marcadas e com muito degradê, os desenhos com estilo Disney são feitos com traços dinâmicos, que uma hora estão mais fortes e grossos, e na outra estão fracos e finos. Esse movimento dá vivacidade aos desenhos, que nem sempre são contornados em preto. A dica é contornar com um tom mais escuro da cor usada no objeto e usar o cinza para contornar figuras brancas.

O rosto e o cabelo são mais cartunizados, com expressões um tanto exageradas e poses distorcidas, enquanto as proporções do corpo são bem realistas. Quanto às cores, são sempre leves, nunca tonalidades pesadas.

Sugestões de material: lapiseira, lápis preto 6B, lápis preto 2B, caneta Pilot Color 850, lápis pastel seco para colorir. 

13. Zentangle

O nome Zentangle vem da junção das palavras zen (filosofia budista de meditação) e tangle (trama ou emaranhado em inglês). É um estilo de desenho repetitivo feito com formas geométricas e curvilíneas com o objetivo de causar uma sensação de relaxamento e calma, tanto em quem faz como em quem observa.

Um desenho zentangle não tem lado certo de olhar, basta delimitar o espaço que será usado e criar elementos repetitivos até que o espaço esteja inteiramente preenchido. Você pode utilizar padrões iguais ou diferentes combinando linhas, pontos e qualquer outro tipo de figura.

Sugestões de material: caneta Sakura Micron Pen e um papel grosso para suportar a tinta.

14. Desenho 3D 

Para desenhar com estilo 3D, você vai precisar dominar técnicas de desenho em perspectiva e ilusão de ótica. Isso porque o espaço tridimensional é definido por 3 dimensões: altura, largura e comprimento. 

Dessa forma, em um desenho 3D conseguimos perceber o volume dos objetos desenhados. Vale pesquisar o trabalho do ilustrador holandês JJK Airbrush, nome artístico de Ramon Bruin, que faz desenhos 3D impressionantes, com efeitos em relevo, usando um simples lápis.

Sugestões de material: lápis H, 2B, 4B e 6B

15. Hiper-realismo

O estilo de desenho hiper-realista traz características quase idênticas com a realidade, mas não é necessariamente a expressão dela. Pode-se dizer que o hiper-realismo é uma ilusão de uma nova realidade, criada a partir dos traços do desenhista. 

Sua finalidade principal é impressionar. Por isso, é possível identificar técnicas como sombreamento exagerado, para dar uma ar mais dramático ao desenho. A sugestão aqui é praticar trabalhando com imagens prontas, mas sem ficar preso à ideia de copiá-las e sim para mostrar sua visão sobre ela.

Sugestões de material: lápis, caneta borracha, esfuminho, pincel e boleador.

Como você provavelmente já sabe, desenhar não é uma questão de dom e sim uma questão de aprendizado e prática. Para encontrar o seu estilo e ganhar cada vez mais segurança na hora de criar, é essencial ter contato com novas referências e experimentar novos estilos e técnicas. 

Com o tempo, você vai descobrir que cada desenho fica melhor com um estilo diferente e quanto mais liberdade você tiver para transitar entre as técnicas e materiais, mais prazeroso será o seu processo de criação.

Acesse o site da Grafitti Artes para encontrar todos os materiais artísticos que você precisa para desenhar em todos os estilos! 

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