Giz pastel oleoso: o que é e como usar no desenho
Categorias:

17 abril, 2024

Giz pastel oleoso: o que é e como usar no desenho

As formas de criar desenhos, explorar novos materiais e, consequentemente, ter diferentes efeitos nas ilustrações fazem parte da rotina de artistas que amam desenvolver a criatividade.

E falando em criatividade, o uso de giz pastel oleoso tem chamado a atenção de vários ilustradores por conta da sua versatilidade e resultado surpreendente.

Os pigmentos, a textura macia e intensidade de cor tornam esse tipo de giz o material perfeito para desenvolver diferentes estilos.

Vem conhecer melhor as possibilidades do giz pastel oleoso neste artigo!

Giz pastel oleoso: entenda mais sobre esse material

O giz pastel oleoso lembra muito uma barra grossa de tinta e apresenta uma coloração intensa.

A sua composição é feita de pigmento praticamente puro e uma mistura de cera e aglutinante oleoso (geralmente uma gordura animal).

A presença desse óleo confere ao giz a consistência necessária para desenhar, além de uma maciez extrema. A leveza presente nessa maciez também permite um traço mais preciso, o que possibilita uma série de experimentações para os artistas.

Quando o giz pastel oleoso começou a ser usado?

A origem do giz pastel oleoso não é precisa, mas ela remonta há séculos de história.

Muitos pesquisadores da área das artes acreditam que ele começou a ser usado no Renascimento, que foi quando uma série de artistas passaram por um processo de experimentação de novos materiais.

Foi neste momento, inclusive, que o termo "pastel" foi popularizado para se referir a técnicas de pintura que envolviam a aplicação de pigmentos em pó, geralmente giz, misturados com um aglutinante para criar um bastão colorido.

O artista Leonardo da Vinci é um exemplo de nome que usou giz pastel oleoso em algumas das suas obras. Outros nomes como Jean-Baptiste Perronneau e Jean-Honoré Fragonard também fizeram esse uso.

Entretanto, somente anos depois, em 1921, que dois japoneses chamados Rinzo Satake e Shuki Sasaki criaram uma empresa chamada Sakura Cray-Pas, a qual foi a responsável por popularizar o uso do giz pastel no Japão e no restante do mundo.

A ideia dos dois foi a de criar um produto para que as crianças pudessem desenhar com mais facilidade e praticidade.

Cerca de três anos depois, em 1924, após realizar vários testes, surgiu o giz pastel oleoso na sua composição atual.

Mesmo com a popularização, algumas escolas de artes mais tradicionais ainda enxergavam o uso do giz com alguma desconfiança. A chegada do giz japonês chamou a atenção de Pablo Picasso, por exemplo, que passou a usar o material em suas criações artísticas.

A preferência de Picasso pelo giz pastel oleoso foi o que levou em 1947 a convencer o fabricante francês Henri Sennelier, que era especializado em produtos artísticos de alta qualidade, a criar uma versão para belas-artes.

Foi então que em 1949, a Sennelier produziu os primeiros pastéis oleosos destinados a profissionais e artistas, superiores em viscosidade de cera, com mais qualidade de textura e pigmento.

Como começar a pintar com o giz pastel oleoso

Se você quer testar a versatilidade do giz pastel oleoso, separe os seguintes materiais:

O primeiro passo é escolher o desenho e criar o esboço no caderno com o lápis grafite.

É importante, antes de usar o giz, suavizar as linhas do grafite do esboço com uma borracha limpa-tipo que absorve o grafite sem comprometer a estrutura da ilustração.

Comece a pintar com o giz branco pelas partes mais claras, onde existem os pontos de luz mais intensos. No caso de um rosto, por exemplo, são aquelas partes que precisam ser destacadas.

Se você não sabe reconhecer quais as partes do desenho que precisam de mais iluminação, uma boa dica é editar a imagem que você vai desenhar com um filtro preto e branco. Assim, fica mais fácil perceber onde o giz branco precisará ser usado.

Depois disso, é necessário decidir a cor para pintar o desenho e isso vai depender de referências e gostos pessoais do artista. Pensei em separar variações de cores que irão criar um jogo de tonalidades interessantes.

Para pintar um tom de pele branca, por exemplo, as cores que podem ser usadas nesta pintura são marrom claro e laranja.

Nesse caso, depois de criar um preenchimento com uma cor básica, como um rosa claro, você pode escolher outro tom de cor para o preenchimento das sombras, com uma tonalidade mais escura de marrom, começando pelas sombras mais fortes e depois indo para as sombras de meio tom.

A próxima etapa é a de esfumar os tons para misturá-los e suavizar a transição de cor. Para isso, faça movimentos circulares com a cor de giz mais clara, que fez o primeiro preenchimento básico nas áreas onde usou a cor mais escura para fazer as sombras.

Você também pode usar a técnica de raspagem, que consiste em raspar uma parte do giz com algum objeto pontiagudo para criar texturas diferentes para a sobrancelha ou cabelo, por exemplo.

Alguns cuidados ao pintar com o giz pastel oleoso

Agora que você já sabe como começar a criar desenhos com o giz pastel oleoso, tenha em mente alguns cuidados específicos que esse material exige:

  • Use a borracha limpa-tipo em vez de borracha comum, pois esse tipo evita que o grafite manche o papel;
  • Tome muito cuidado ao misturar o grafite do esboço com o giz. Essa mistura pode causar manchas muito difíceis de serem removidas;
  • Mantenha a sua mão sempre limpa enquanto estiver pintando. As áreas finalizadas podem ser protegidas com um secante, o que vai evitar o aparecimento de manchas.

Acesse o site da Grafite Artes para comprar tudo o que você precisar para estimular a sua criatividade e nos siga nas redes sociais: Instagram e Facebook.