Andy Warhol: um dos mestres da Pop Art
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7 agosto, 2019

Andy Warhol: um dos mestres da Pop Art

Se você quer saber quem é Andy Warhol, apenas olhe para meu rosto ou a superfície do meu trabalho. Está tudo lá.” - Andy Warhol O desenhista, pintor e cineasta norte-americano Andy Warhola (06/08/1928 - 22/02/1987) foi um dos precursores do movimento da Pop-art nos EUA. Excêntrico e talentoso Andy tinha uma aparência marcante, sempre usando perucas platinadas desalinhadas e óculos grandes. Warhol criou uma verdadeira revolução por meio de suas obras que chamam atenção pelo uso de repetição e cores fortes, algo muito além de uma reles representação repetitiva de imagens.

Trajetória da infância doente ao sucesso

Andy passou sua infância na pequena cidade de Pittsburgh. Ele sofria de severas febres provenientes de problemas no sistema nervoso e precisou se afastar da escola e demais atividades para se recuperar. Durante o repouso ele descobriu uma grande paixão: desenhar. A doença deixou como sequelas grandes manchas em sua pele, um assunto particularmente delicado, do qual ele não gostava de falar sobre, essa foi uma das causas que o fizeram se tornar hipocondríaco. Quando cresceu, focou a sua carreira aos comerciais de televisão, tornando-se um publicitário. Seu principal trabalho era criar desenhos para revistas como a Vogue, New York, além de trabalhar em campanhas de sapatos para mulheres. Andy logo percebeu que havia uma grande divisão entre o que era arte e publicidade. Enquanto a arte era exposta a elite apenas em museus e galerias para conservar a sua aura, a publicidade era destinada às massas, mas não era dotada de qualquer requinte. Em 1960 ele alterou o sobrenome tornando-se Andy Warhol, junto ao nome artístico surgiu um grande desejo de quebrar de vez o status quo da arte e transpô-la para o cotidiano da vida norte-americana, deixando de ser limitada apenas a elite e passando a ser compreensível para todos. Sua idéia central era ocupar os espaços, que antes eram dedicados exclusivamente às obras, com repetições de produtos comuns e imagens de estrelas do cinema. Da hibridação entre arte e os anúncios surgiu sua obra mais conhecida, composta por 32 quadros semelhantes que buscam ilustrar a Sopa Campbell em todos os seus sabores. O trabalho é uma homenagem a era da reprodutibilidade e ao sonho americano. Também houve todo um cuidado na hora de expô-las, os cinquenta quadros foram posicionados um ao lado do outro em pequenas estantes, simulando um supermercado da arte. Dessa forma, Andy Warhol criou a seriação da arte, quebrando completamente a ideia de que obras devem ser únicas e singulares. Dado ao sucesso da exposição ele chegou até mesmo a assinar potes de sopa comuns e vendê-las por preços mais altos. Seu ateliê era o centro dessa seriação, o nome The Factory era uma sátira a uma “fábrica de arte”, pois os artistas trabalhavam junto a Warhol criando pinturas que eram apenas cópias do primeiro desenho por ele feito. É possível entender um pouco sobre a linha de pensamento de Andy em sua reflexão sobre a Coca-Cola e globalização de produtos: O que é incrível sobre esse país é que os consumidores mais ricos e os mais pobres compram essencialmente as mesmas coisas. [...] Uma Coca é uma Coca, e não há dinheiro que te faça ter uma coca melhor [...] Todas são iguais e todas são boas”, afirma Andy. Seu trabalho foi marcado pela ousadia, repetição e quebra de padrões. Andy foi o primeiro artista a ser tratado como ídolo pelo público, ganhando posteriormente até mesmo um programa de entrevistas na tv. Andy Warhol faleceu em 22 de fevereiro de 1987 em sua cidade natal devido a complicações em uma cirurgia para cálculos biliares.

Legado

Assim como Vincent van Gogh, e outros artistas que nasceram a frente de seu tempo, Warhol foi fortemente rejeitado pelos críticos de arte de sua época por ser diferente. Eles não acreditavam que suas obras mereciam ser classificadas como arte, pois eram “superficiais e sem nenhum senso estético”. O fato é que gostando ou não, o trabalho de Warhol foi um divisor de águas para a arte. Depois de 32 anos da sua morte as suas obras ainda são recriados a exaustão. O legado de Andy Warhol inspirou dezenas de novos artistas a confiarem na sua forma de expressar a arte. [gallery ids="/storage/site_antigo/uploads/2019/08/AndyW11.jpg|,/storage/site_antigo/uploads/2019/08/AndyW13.jpg|,/storage/site_antigo/uploads/2019/07/maxresdefault.jpg|"]