Hiper-realismo: a arte de transformar desenhos em imagens de alta resolução

Você já se deparou com uma obra de arte e ficou se perguntando se era uma foto ou um desenho? E quando descobriu que era mesmo um desenho ficou impressionado? Isso acontece quando a arte e a fotografia se fundem. Essa é a magia do hiper-realismo, que tem o poder de desafiar os limites entre o real e o imaginário. 

A técnica, que engana os olhos até dos mais atentos, retrata a realidade de forma extremamente fiel e precisa e tem conquistado cada vez mais admiradores ao redor do mundo. 

Artistas, pintores, escultores e ilustradores hiper-realistas criam desenhos, pinturas e esculturas que se assemelham a fotografias de alta resolução, cada traço de suas artes é uma homenagem à perfeição criando uma ilusão da realidade.

Continue a leitura e descubra os segredos por trás desta fascinante técnica artística.

O que é hiper-realismo?

O hiper-realismo, também chamado de super-realismo, é uma corrente artística derivada da escola fotorrealista. Esse gênero de arte visual cria obras com um nível de detalhe e precisão altíssimos, e por isso, nossos olhos se confundem a ponto de questionar: “mas isso é uma pintura ou uma fotografia?”.

O artista que desenvolve uma obra hiper-realista se preocupa com os mínimos detalhes seja da paisagem, do rosto ou do objeto que está retratando, utilizando técnicas e ferramentas que permitem reproduzir com extrema precisão texturas, luzes, sombras e cores.

Quando e onde surgiu o hiper-realismo?

O movimento hiper-realista surgiu em torno de 1968, nos Estados Unidos e na Europa, como uma evolução do fotorrealismo, movimento anterior que também buscava uma reprodução fiel da realidade através da arte.

Entretanto, foi no início dos anos 1970, que o movimento hiper-realista se expandiu. O termo “hiper-realismo” foi usado pela primeira vez em 1973, como título de uma exposição organizada pela galerista belga Isy Brachot.

Conheça as principais características do hiper-realismo

Os princípios do hiper-realismo são os mesmos do fotorrealismo, sempre usando a fotografia como modelo para a obra.

Contudo, enquanto o fotorrealismo focava, basicamente, em reproduzir fotografias com alta precisão, o hiper-realismo acrescenta camadas adicionais de realismo à obra de arte, incorporando elementos que intensificam a percepção da realidade.

As obras hiper-realistas possuem aspectos com muito mais detalhes e alta definição da imagem, criando uma ilusão de realidade maior que na fotografia.

As principais características do hiper-realismo são:

  • Uso da fotografia como base para a obra;
  • Reprodução e simulação da realidade;
  • Retratos, paisagens, natureza-morta;
  • Precisão e exatidão extrema de detalhes;
  • Nuances de luz, cor, sombras e reflexos para beirar a realidade.

Para isso, são utilizadas técnicas específicas para que a obra chegue ao nível de excelência extrema beirando à realidade e fazendo nossos olhos se confundirem.

Os artistas utilizam uma combinação de técnicas tradicionais e modernas e trabalham com pinturas a óleo, tinta acrílica, grafite ou esculturas. Muitos também desenvolvem seus trabalhos incorporando técnicas digitais para auxiliar no planejamento e execução da obra.

Uma das técnicas, que permite extrema precisão para a execução de uma obra hiper-realista, é o uso de lápis de grafite. Existe uma variedade de grafites utilizados para desenvolver uma imagem hiper-realista. Você, provavelmente, já deve ter visto algumas indicações numéricas e com as letras H e B nos lápis. Cada marcação dessa corresponde à intensidade e dureza do grafite.

A letra “B” representa “black” (preto). Já a letra “H”, significa “hard” (duro). O “B” indica a intensidade da maciez do grafite, ou seja, quanto maior o número, mais intensa será a cor liberada, de cinza para preta. O “H” é relacionado à dureza do grafite. Sendo assim, quanto maior o número, menos grafite será liberado pela fricção no papel.

Para realizar obras hiper-realistas e utilizar os lápis como técnica, a numeração mais alta em “B” será apropriada para zonas de intensa penumbra. Os lápis com indicação “H” são ideais para traços suaves ou até mesmo para fazer esboços e a estrutura do desenho, mas também são essenciais para trabalhar áreas de claridade do desenho.

7 mestres do hiper-realismo para se inspirar

Agora, aproveite essa lista de alguns dos principais nomes da arte hiper-realista para você se inspirar e começar a criar os seus desenhos:

  1. Chuck Close: famoso por seus retratos gigantescos em pintura a óleo utilizando a técnica de pontilhismo.
  2. Richard Estes: reconhecido por suas pinturas de paisagens urbanas e vitrines de lojas.
  3. Audrey Flack: pioneira no uso do hiper-realismo, especialmente em naturezas-mortas e retratos.
  4. Roberto Bernardi: conhecido por suas naturezas-mortas que capturam detalhes minuciosos de objetos cotidianos.
  5. Hugo Laurencena: retrata diversos objetos em suas obras, utilizando técnicas variadas, como lápis de cor, pastel, acrílico e óleo.
  6. Luiz Escañuela: artista brasileiro, que atualmente utiliza a técnica de pintura a óleo, mas também realiza trabalhos com grafite.
  7. Diego Koi: adepto do chiaroscuro, a técnica de sombreado oriunda da tradição renascentista de Caravaggio, utiliza apenas o lápis de grafite em suas obras.

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