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9 novembro, 2018
Berenice Abbott a fotógrafa que revolucionou a fotografia documental
Berenice Abbott nasceu em Springfield, Ohio em 1898. Durante a juventude ela se mudou para Nova York onde estudou escultura de forma independente e juntou-se a trupe de teatro Provincetown Players - grupo que revelou escritores como Eugene O'Neill e Djuna Barnes.
Em 1921, Abbott mudou-se para Paris e continuou seus estudos de escultura lá. Neste período ela foi assistente de um dos fotógrafos mais conceituados de todos os tempos Man Ray. Foi nessa época também que Berenice teve seu primeiro contato com a fotografia de Eugène Atget, fotógrafo frânces, que durante duas décadas registrou a cultura e a arquitetura de Paris em mais de 8 mil fotos, influenciando fortemente o trabalho de Abbott.
Após a morte de Atget, em 1927, ela colaborou com Julien Levy, da Julien Levy Gallery de Nova York, para comprar a maioria dos negativos de Atget, trazendo-os de volta a Nova York em 1929. A iniciativa de Abbott preservou o arquivo final do fotógrafo francês, que, dada a sua influência na vanguarda, tornou-se um importante capítulo do legado da Abbott.
Exposições
- Sua primeira exposição individual: Foi na galeria Le Sacre du Printemps, em Paris, em 1926 expondo retratos da vanguarda parisiense, uma prática que ela continuou ao longo de seus anos em Paris,;
- Relações entre a expansão Nova York e o trabalho de Abbott: Chegando em Nova York em 1929, Abbott ficou impressionada com a rápida transformação da paisagem construída. Na véspera da Grande Depressão, de 1935 a 1939, ela iniciou uma série de fotografias documentais da cidade que, com o apoio do Projeto de Arte Federal da Works Progress Administration;
- Fotografia documental: Estreou em 1939 como a exposição itinerante Changing New York, Daily News Building, 220 East 42nd Street, Manhattan, Quinta Avenida, Nos. 4, 6, 8, Manhattan e Cedar Street, da William Street, em Manhattan. Para o resto de sua vida, Abbott defendeu um estilo de fotografia documental como exemplificado em este projeto, enquanto também continua a promover o trabalho de Atget.
O legado de Abbott
Sua obra está intimamente ligada a cidade de Nova York, onde graças ao seu trabalho ela se firmou como uma das mais importantes documentaristas da década de 30. Conhecida por demonstrar o cotidiano e o momento único da fotografia documental, neste período Abbott realiza um de seus principais trabalhos "Changing New York" - uma série de fotografias onde Berenice, registra a cidade velha dando lugar a uma Nova York moderna, repleta de pontes de metal, vias expressas e arranha-céus, que mudam a paisagem urbana -. Além disso, Abbott foi a primeira mulher a ser admitida na Academia Americana de Artes e Letras.Morte
No fim da vida contraiu um enfisema pulmonar, fruto de muitos anos respirando produtos químicos que utilizava para fazer a revelação dos filmes fotográficos.Morreu em 1991 aos 93 anos de idade.Notícias relacionadas