Tudo sobre cavaletes para pintura

Se você está começando a se aventurar nas pinturas irá encontrar muita variedade relacionada aos instrumentos, tintas, pincéis e é claro aos cavaletes para pintura. Mas com tantas opções, para os aspirantes acaba se tornando um verdadeiro desafio saber qual utilizar em cada tipo de ambiente.

Os cavaletes são ferramentas de arte básica disponíveis em diversos modelos, materiais, tamanhos e preços.

No artigo de hoje, separamos conselhos embasados nos conhecimentos de Sandrine Pelissier sobre o tema. Vamos mostrar o que são os cavaletes de pintura, quais modelos existem e como você pode escolher o mais apropriado às suas necessidades.

Mas o que são cavaletes para pintura?

Basicamente são suportes verticais com design de tripé tradicionalmente usados ​​por artistas para apoiar as telas enquanto pintam. Geralmente, contam com um mecanismo de inclinação embutido utilizado para exibir ou fixar algo sobre eles.

Normalmente são feitos de madeira, alumínio ou aço e se dobram para tamanhos compactos. Estão em uso desde os tempos dos antigos egípcios.

Curiosidade sobre a etimologia da palavra

Cavalete é um sinônimo do germânico antigo para “burro”. No africanês: esel e o holandês acabou se tornando: schilder sezel, “burro do pintor”. Por associação de idéias, a palavra burro veio designar o cavalete como seu parente, o burro de desenho.

Existem três designs comuns para cavaletes

  • Baseado em tripés: As variações incluem: barras transversais para tornar o cavalete mais estável; e um mecanismo independente para permitir o ajuste vertical do plano de trabalho sem sacrificar a estabilidade das pernas.
  • Os projetos do chassi H: São baseados em ângulos retos. As hastes são geralmente paralelos entre si, com a base do cavalete sendo retangular. A porção frontal principal do cavalete consiste em duas hastes verticais com um suporte horizontal da barra transversal, dando a forma geral de um ‘H’. Uma variação usa adições que permitem que o ângulo do cavalete em relação ao solo seja ajustado.
  • Com múltiplos propósitos: Incorporam características aprimoradas de tripé e estrutura em H com recursos de adaptações múltiplas que incluem ajuste finito rotacional, horizontal e vertical do plano de trabalho. Quatro armaduras extensíveis prendem com segurança uma tela ou prancheta ao cavalete, permitindo assim que qualquer parte seja instantaneamente reposicionada em qualquer altura ou ângulo durante a pintura. Isso inclui trazer a área de trabalho diretamente sob o pincél ou a mão da caneta.

 

Diferenças entre cavaletes de estúdio, campo e exibição

Cavaletes de estúdio

Destinam-se aos artistas que não tem necessidade de que seja portátil. Podem ser simples em design ou muito complexos, incluindo guinchos, múltiplos mastros e rodas. Os modelos maiores geralmente são cavaletes de estúdio, alguns são capazes de suportar painéis com mais de 7 metros de altura.

Cavaletes de campo

Destinam-se a ser portáteis para a criação de trabalhos ao ar livre. De tamanho médio ou pequeno têm pernas telescópicas ou dobráveis ​​e são baseados no design do tripé. Os de caixa franceses incluem um compartimento para armazenar materiais de arte convenientemente junto com uma alça ou alças para que possa ser carregada como uma maleta ou uma mochila.

Cavaletes de exibição

Destinam-se à exibição de obras de arte acabadas. Tendem a ser muito simples em design com menos preocupação com a estabilidade necessária para um artista trabalhar. Variam conforme a robustez, dependendo do peso e tamanho do objeto a ser colocado sobre eles.

Como escolher um cavalete?

De acordo com Sandrine Pelissier este pode ser “um dos equipamentos mais caros que terá que comprar como artista”. Contudo é importante ter em mente que você gastará a maior parte do seu tempo de pintura ou de desenho sob ele, portanto, é essencial que seja confortável e de boa qualidade. Por isso, não veja essa compra como gasto, mas sim como um investimento. Pesquise bastante sobre os diferentes tipos de cavaletes e para que eles são projetados. Aqui estão quatro fatores, que segundo Pelisser podem influenciar bastante em sua escolha:

1. Com que tinta você está trabalhando?

O cavalete tem a vantagem de permitir que você pinte em um plano paralelo. Se utilizar tintas pastel, por exemplo, vai querer a sua pintura em uma posição vertical ou inclinada para a frente para que a poeira caia dela. A maioria dos cavaletes funcionará para acrílico ou óleo. Pintar na vertical evita que o pó se deposite na tinta molhada, o que é especialmente importante para os pintores de óleo, já que essa tinta demora mais tempo para secar do que o acrílico.

Mas se você estiver criando uma arte de tela mista, ou trabalhando com tintas aquarelas , acrílicas ou qualquer coisa muito líquida, pintará na maior parte do tempo na horizontal ou em um ângulo muito baixo. Há alguns cavaletes para aquarela que permitem ajustar o ângulo e pintar na posição horizontal, bem como há opção de trabalhar em uma mesa.

2. Sua pintura será realizada em estúdio ou ao ar livre?

Se for ficar em estúdio você pode optar por um cavalete que é mais pesado e maior, trabalhando ao ar livre exigirá um cavalete mais leve, mais portátil. Considere um modelo com caixa gaveta se estiver pintando do lado de fora, pois isso permitirá que você armazene seus materiais de pintura na caixa que vem anexada a este tipo de cavalete.

3. Quanto espaço você tem?

Se o seu espaço é limitado e não estiver pintando telas muito grandes, escolha um cavalete de mesa pois não ficam no chão e precisarão de menos espaço. Apesar menores, cavaletes com armação em H são muito estáveis, podem ser facilmente dobrados e seguram grandes telas sem se mover muito, mesmo se você pintar vigorosamente.

4. Qual o seu estilo de pintura?

Se você tem uma mão “pesada” e gosta de trabalhar muito, precisará de um cavalete mais resistente. Considere um cavalete com armação H, que é mais estável. Claro, quanto maior e mais resistente o cavalete, mais caro ele vai ficar.

Mas se você tem um estilo de pintura muito delicado e está trabalhando com pequenas telas, então um pé de mesa ou um cavalete de armação devem funcionar. Contudo os cavaletes de exibição são projetados para exibir o trabalho e podem não ser robustos o suficiente para funcionar.
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